Bastidores

(Texto feito em Janeiro de 2015; retirado do site Rennan Escritor.

     Li em algum lugar que anos de número impar são mais "sortudos" e "melhores" do que anos de número par. Nunca parei para notar, mas tomara que estejam certos dessa vez, pois esse ano, eu tenho vários projetos para dar continuidade, mas pouco tempo disponível...

Projeto Ambicioso.


   Esse é o meu projeto mais ambicioso e maior que qualquer outra coisa que já escrevi. Esse seria meu primeiro livro, com o título provisório de "A Luz de Cada Mundo" e que ainda estou escrevendo e provavelmente terminarei de escrever em fevereiro ou março, e quando eu digo maior, falo pois mesmo não finalizado, ele acumula 160 paginas e 69.000 palavras, mas não deverá passar das cem mil palavras pessoal.
   Centrado em gênero de fantasia, sci-fi (ficção-cientifica), magia, viagem por mundos e RPG, A Luz de Cada Mundo esteve em processos de criação inicial em junho e julho de 2014, aonde eu criei a história e a história de alguns personagens (nenhuma prevaleceu completamente igual, claro). Deixe-me contar um pouco da história:
   Ryze Hope (um nome derivado de "rise of hope" que significa "raio de esperança" em português) é um garoto de dezesseis anos antissocial, com personalidade forte e uma espécie de "calculista para o bem". Ele vive a sua vida normalmente em Starlight City, uma pequena e comum cidade em que não acontecem muitas coisas, mas que ainda assim trás muitas más lembranças à Ryze. Prestes a acabarem as aulas, ele conhece Chloe Lights, uma garota aparentemente patricinha e que só se preocupa com coisas idiotas na vida, mas que acaba atraindo coisas bizarras para sua vida e a vida de Ryze como, por exemplo, a magia, um dom raro que Chloe e Ryze só podem utilizar quando estão juntos e usando, respectivamente, sua pulseira e seu colar.
   Nessa sinopse, eu não entrei em detalhes sobre os poderes da magia deles ou como eles podem utilizá-la, nem sobre viagem por mundos, apesar desse ultimo ser um elemento que move quase todo o livro. Somente para não parecer uma série daqueles livros teen, deixe-me adiantar: Ryze e Chloe possuem poderes mágicos por um motivo, e esse motivo é simplesmente salvar o mundo, ou no caso, os mundos. Ryze e Chloe devem viajar por vários mundos com o objetivo de combater representantes de um "certo alguém" enquanto restauram a confiança dos "representantes da luz", habitantes naturais de cada mundo que representam a luz deles (dai o titulo, A Luz de Cada Mundo).
   Procurando por diversidade, eu acabei por escolher uma temática diferente para cada mundo criado, assim como a duração deles; por exemplo, o mundo de Corrupt Space é baseado totalmente na ação e na luta de um homem e seu filho para resgatarem sua família e o resto dos moradores do local das mãos de um presidente corrupto, mas é o mundo mais curto do livro por haver um tempo até que todos os cidadãos do local morram; já Dreamland se foca numa cidade calma acima do céu, aonde todos os moradores são anjos da vida ou anjos da morte. Ele possui aquele fator surpresa que Corrupt Space não contém graças ao tempo que Ryze e Chloe passam por aqui, mas um tempo bem aproveitado, pois esse mundo é uma espécie de divisor de águas na história do livro.
   Não posso mais contar nada sobre a história, senão vocês vão ficar sabendo spoilers de mais, então se contentem com o que está ai, pois o resto é segredo até eu terminar!
   Mas ainda posso falar sobre o livro sem contar sua história, e isso se resume em falar os fatores técnicos e a história por trás dele.

Os fatores técnicos e a história por trás do livro.


   A Luz de Cada Mundo é narrado em primeira pessoa na perspectiva de Ryze Hope, sempre sendo assim desde os processos de criação. Eu fiz isso pois apesar de Ryze e Chloe dividirem um espaço igual na trama, sem nunca um se destacar do outro, Ryze é uma personagem mais complexo que Chloe por sempre analisar seus passos de forma rápida e sempre pensar nos prós e contras de uma batalha, isso além dele sempre notar o que acontece ao ser redor e nunca fazer julgamentos precipitados. Além disso, eu encarei a ideia de narrar uma personagem masculino em primeira pessoa um pouco mais fluida e simples do que narrar uma personagem feminina, principalmente tratando-se de Chloe Lights que, se me perguntarem, é a personagem mais difícil de se criar de toda a minha vida, pois mistura aquilo que é bom com aquilo que tem um passado, e aquilo que é belo com aquilo que tem um passado feio.

O caderninho que me ajudou apesar de eu
nunca ter visto sua série.

   Junho e Julho - Criação inicial.


Indo para a história por trás do livro. Comecei os planos inciais, como dito, em junho e julho de 2014 num caderno daqueles 140x202mm. Eu botei várias idéias ali, tanto para os personagens como para os mundos, embora vários dos dois ficaram de fora para dar espaço a apenas cinco ou seis mundos e a uma gama de personagens, mas mesmo assim, nem todos os personagens foram aproveitados.
   Foi difícil escolher quais entre tantas idéias que eu tinha iriam para o resultado final, porém, eu cuidei para que somente os mundos mais diversificados entre si ficassem no livro. O mundo "Fast-Town" por exemplo, ficou de fora, junto com um mundo inspirado em Antártica que acabou por ser uma inspiração para um mundo que esta no livro.
   Quanto aos personagens, vários sofreram alterações, com somente o primeiro mundo do livro tendo todos os moradores dos projetos iniciais. Em Corrupt Space, somente um dos quatro personagens iniciais foi aproveitado sem seu nome original, que foi dado para outro personagem do mesmo mundo, "Sky", e o mesmo caso aconteceu em Dreamland.
   Toda essa separação continuou conforme eu fazia o livro, mas eu já tinha ideia de quase todos os mundos (exceto um) que iam para o livro já em julho. Depois disso, começou outro trabalho...


Agosto e Setembro - Protagonistas


  Ryze e Chloe foram fichas criadas mais ou menos em 2013 (sim, eu tenho muitas fichas antigas que só veem a luz depois de quase um ano), porém, o que havia deles lá nem sequer se compara a como eles estão agora, apesar de eu só começar a trabalhar mesmo nas fichas deles em agosto, Ryze e Chloe já estavam vendo a luz um pouco antes disso. Cada caso é um caso eu diria.
  Ryze Hope se chamaria "Ryle", mas eu nunca fiquei tão agradecido a um erro ortográfico na vida, pois foi só eu escrever um "z" no lugar de um "l" que Ryze finalmente teve seu nome. Inicialmente, ele também seria gótico e odiaria o fato de ter poderes mágicos, assim como o fato da vida e fato da luz existir. Porém, em agosto, quando comecei a escrevê-lo, tudo isso mudou e Ryze se tornou um personagem mais complexo sem ser o clássico gótico que odeia tudo o que existe, somente sendo mais realista que a maioria das pessoas. Quando eu penso em Ryze, eu penso em tudo que adolescentes tentam esconder, mas que ele faz aparecer com a maior simplicidade.
  Já Chloe também não se chamaria Chloe. Seu nome seria Light Hikaru, mas um amigo (valeu Junior kkk) me abriu os olhos sobre o nome ser masculino demais, e após um tempo insistindo nesse mesmo nome, "Chloe" me veio a cabeça e a partir dai, eu sabia que esse seria o nome dela.
  Fiquei mais ou menos agosto e setembro inteiros definindo Chloe e Ryze e mais os co-protagonistas da trama, mas somente no final de setembro eu realmente peguei no Word.

Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro, Janeiro, Fevereiro, Março e Abril - The Secret


  Se eu falasse o que fiz nesses quatro meses, vocês provavelmente saberiam toda a história do meu livro, então vou dar uma dica: eu escrevi. Escrevi, revisei, parei um pouco e voltei a escrever. Eu não paro de escrever A Luz de Cada Mundo desde esse tempo e, se tudo ocorrer bem, o livro será terminado em abril ou março desse ano. Se será publicado, eu ainda não sei, eu procuro achar alguém ou alguma editora que publique após eu terminar, revisar e mandar para alguns amigos mais próximos lerem, mas até lá, esse livro não sairá das minhas mãos.
  Mas não se preocupem, mesmo se eu não arrumar editoras para publicá-lo, eu lhes prometo que quem quiser poderá ler A Luz de Cada Mundo. Afinal, é um grande livro e quero compartilhá-lo com vocês a qualquer custo.

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